terça-feira, 14 de agosto de 2018

A INFLUÊNCIA DO LIVRO DE ENOQUE NO MUNDO JUDAICO-CRISTÃO - Parte 3


A imagética do Mito dos Vigilantes no Evangelho de Marcos.


O cristianismo primitivo tem as suas origens no judaísmo do segundo templo, nosso objetivo nessa última parte é demonstrar toda a carga imagética do judaísmo enoquita e a sua influência na imaginação e na literatura das primeiras comunidades cristãs.
Lazarini Neto explica em seu artigo, que “uma mudança teológica acerca do mal houve entre os séculos II a.C. e I d.C. com o surgimento de uma rica literatura acerca do demoníaco” (2006, p.6). O autor comentava acerca da literatura considerada apócrifa por ser uma literatura composta por revelações sobrenaturais acerca do futuro, cuja imaginação rompia as barreiras canônicas e estavam repletas de citações relativas aos espíritos malignos que “se assanham em contrariar as obras e os designíos do criador do Universo”.
A dependência dos textos do Novo Testamento à tradição de Enoque, em especial ao Mito dos Vigilantes, é aceita por muitos pesquisadores. Terra afirma que houve um senso comum de que a tradição enoquita teve grande apreço nas comunidades cristãs, a ponto do primeiro livro de Enoque estar na lista dos canônicos na Igreja de língua etíope (2014, p.117-118).
São várias as influências desse mito no imaginário cristão, sendo que um dos mais relevantes é o imaginário dos demônios, mas temos outras influências enoquita em diversos textos neotestamentários, tais como: Epístola de Judas 6; 14-15; Epístolas Petrinas - 1 Pe 3, 3-4 (adorno) 18-21 (espíritos em prisão), 2 Pe 2,4; Epístolas Paulinas e Pseudopaulinas- 1 Co 11.10, 1 Tm 2,9-11;Encontramos esses ensinamentos também em literaturas extra canônicas de autores dos primeiros quatro séculos, como por exemplo: Epístola de Barnabé. Justino Mártir (Primeira Apologia 5, 1-4; Segunda Apologia 5); Atenágoras (Súplica pelos Cristãos 24-26); Irineu (Contra Heresias 1.10.1; 1.15.6; 4.16.2; 4.36.4); Clemente de Alexandria (O Instrutor 3,2.14; Eclogae Propheticae53,5; Stromata III 7,59)[1]; Tertuliano (Apologeticum 22, 3-4; De cultufeminarum i 2,1; ii 10, 2-3); Cipriano de Cartago (De habituvirginum14); Pseudo Clementinas (Homilias 8, 12-18; Reconhecimento 4,26); Lactantius ( DivineInstitute 2,15). Outros textos gnósticos, tais como: Pistis Sofia, Tratado sobre a origem do mundo e Apócrifo de João[2] (1984, p.19-34).
Terra afirma (2010, p.125) que com essa amostragem da influência de temas, imagens e ideias da narrativa dos Vigilantes na literatura neotestamentária e nos posteriores textos cristãos, podemos partir para a questão do demoníaco nos sinóticos, especialmente na questão de espíritos imundos. Boccaccini também concorda com a ideia de que a presença de um movimento enoquita na palestina, comprova a hipótese de uma possível relação de Jesus com essa tradição entre as ideias do(s) Cristianismo(os) da(s) origem(ns) e o enoquismo. Segundo Nickelsburg (2001, p. 65), pode ser garantida, pois o próprio texto de 1 Enoque 6-16, por causa de suas informações geográficas, mostra que pelo menos essa parte pertencia à região setentrional da Galiléia.  Conforme o autor, muitas tradições nos sinóticos relacionam Jesus à Galiléia e provavelmente à fonte Q teria sua origem e naquelas regiões (TERRA, 2014, p.125).

O Demoníaco nos Sinóticos como Espíritos Imundos

A presença do imaginário do demoníaco nos sinóticos é muito intensa. Jesus e seus discípulos lutam com a presença de um inimigo implacável – Satã, “tramando incessantemente a ruptura da fidelidade do Senhor e pondo a perder os seus corpos e almas” (NOGUEIRA, 2000, p.26). Segundo Pagels “os autores dos evangelhos compreenderam que a história que tinham que contar pouco sentido faria sem Satanás” (1996, p.34).  Segundo os autores a ideia era que a traição e a morte de Jesus faziam parte de um vasto conflito cósmico, em que a batalha final ainda não fora travada, muito menos vencida.
Em seu artigo, Lazarini Neto informa que segundo os sinóticos, na Palestina, ao tempo de Jesus, havia uma proliferação demoníaca sem precedentes (2006, p. 8). Nesse cenário, que evoca uma guerra cósmica, Jesus é apresentado como “um tipo de fazedor de milagres que age com a autoridade de origem divina, mas sem a mediação das formas, rituais e instituições através das quais esse poder divino costuma se manifestar” (CROSSAN, 1994, p.192).
O Evangelho de Marcos, entre os sinóticos, chama a atenção pelo volume de material referente às atividades exorcistas de Jesus. Ao analisar tais narrativas verificamos as expressões “espíritos imundos” e “demônios”.  Precisamos tentar entender a diferença entre elas.  Para ajudar a dirimir essa dúvida, Terra apresenta os termos usados nos sinóticos para designar a presença dos seres malignos que causam danos aos homens, são estes:

a.  Daímon: masculino singular (demônios). A única passagem a usar o termo é a de Mt 8,31, no plural masculino (daímones). A expressão grega daímoné derivada de daímonai, que é substantivizado formando daimónion. Como as divindades no período clássico poderiam ser boas ou más, nos evangelhos e nos cristianismos sempre terá a conotação negativa.
b. Daímonion: adjetivo neutro, seu plural é daimónia: demônios. É usado pelo menos 63 vezes no NT. Esse termo é usado no NT no lugar de daímon por sua impessoalidade: “a mentalidade popular havia criado este vocábulo para designar poderes impessoais, potencias espitituais ou forças maléficas” (ALVAREZ, 1995, p.61)
c.    Daimonízomai: ser endemoniado, ser possesso por um demônio.
d.   Pneuma: espírito. Com os seguintes complementos: álalon (mudo), álalonkaíkofón(mudo e surdo), asthenéias (enfermidade), akátharton (imundo), daimonionakárthaton (de um demônio impuro) e ponerón (maligno/mau) (2014, p.126-128).

Dos evangelhos sinóticos, Marcos tem um bom material preservado sobre possessão maligna e ação demoníaca, Terra chama nossa atenção ao informar que em todos os quatro exorcismos preservados em Marcos (1, 23-28; 5, 1-20; 7, 24-30 e 9, 14-27), assim como nas perícopes (3, 10-12 e 20-30) encontramos a presença do (s) espirito (s) imundo (s) (2010, p.106). Segundo Schiavo “dado o número considerável de exorcismo na atividade de Jesus, eles fogem do gênero literário mais amplo de milagres, para constituir um gênero próprio, que chamamos relatos de exorcismo” (2000, p.62).
Mc 1, 21-28 – episódio na sinagoga de Cafarnaum –Marcos inicia o ministério de Jesus com um relato esquematizado da autoridade que caracteriza o seu ensino. Essa autoridade, a aureola sobrenatural de sua pessoa, sua reação ante o mal, a ordem eficaz e a culminação da expulsão são pontos que chamam a atenção do leitor. O texto é conhecido como exorcismo inaugural, Jesus encontra alguém com um espírito imundo (v.23), não há variação terminológica para a identificação do ser que foi expulso, pois no v. 26 sai um espirito imundo e no v.27 Marcos informa que Jesus tinha autoridade sobre espíritos imundos. Nesta perícope, alguns fatos importantes: a) o espirito imundo parece conhecer bem quem era Jesus; b) eles possuem conhecimentos cósmico e c) de alguma forma a presença de Jesus o incomoda. (TERRA, 2010. p,129)
Mc 3, 10-23 – sumário demonológico – o contexto é de cura, os espíritos imundos ao verem Jesus se prostravam e gritavam “tu és o filho de Deus”. Aqui os espíritos imundos querem revelar algo, e Jesus deseja que seja silenciado. O autor informa que o sumario de Mc 1.34 e também Mc 1.39 o autor diz que Jesus expulsou demônios (daimônia), a impressão é que chamar de espíritos imundos ou demônios, a luz do paralelo desses sumários não há diferença. (TERRA, 2010. p,130)
Mc 3, 20-30 – controvérsia e Belzebul – nessa controvérsia, Jesus é acusado de ter autoridade de exorcizar (Meyrs, 1992) pelo poder de Belzebul (v.22), líder dos demônios. Jesus responde que Satã não pode expulsar Satã (v.23). O v.30 é conclusivo na perícope diz “isso, porque dizem: ‘Ele tem um espirito impuro’”. Para o autor, Satã (Belzebul) é um pneûmaakátharton. (TERRA, 2010. p,131)
Mc 5, 1-20 – episódio de Gerasa – Jesus se encontra com um homem possuído de espírito imundo (v. 2,8, [singular]). Segundo Terra, seria uma região perfeita para o aparecimento de um espirito imundo, pois era considerada impura. Conteúdo, tudo se harmoniza quando os espíritos imundos entram em porcos, que também são impuros. Todavia, nos versos 15, 16 e 18, Marcos informa que o homem estava possuído (endemoninhado), possuído pelo (s) demônio (s). Concluindo, estar com espírito (s) imundo (s) é o mesmo que possuir demônios. O autor conclui que, na ordem e lógica presente no texto, independente de suas questões diacrônicas, o demônio era um espírito imundo, com um adjetivo ou algo que revelava a sua característica: ser imundo. (2010, p. 132)
Mc 7, 24-30 – episódio na região de Tiro – Há um encontro de uma mulher siro-fenícia com Jesus, sua filha tem um pneuma akárthaton (v.25), e imediatamente no v.26 de Marcos, aparece o demônio. O problema a ser resolvido era a possessão. Nesse texto, segundo Terra, fica mais clara a relação entre espírito imundo e demônio. O primeiro é uma espécie de característica ou um adjetivo para o segundo. Assim, o demônio é para Marcos, um espírito imundo. (TERRA, 2010. p,133)
Mc 9, 14-271- episódio pós-transfiguração – trata-se do último exorcismo preservado em Marcos. O espírito é identificado como mudo (v.17), imundo (v.25) e mudo e surdo (v.25). Na perícope há uma ênfase na palavra espirito (6x), além dos adjetivos: mudo, imundo e surdo. (TERRA, 2010. p,134)
Nos versículos apresentados, notamos que para a comunidade marcana não há uma diferenciação clara entre demônio, espírito mudo e surdo e espírito imundo.
Para Terra, como resultado de sua pesquisa sobre a relação entre espíritos imundos e demônios nos sinóticos, ele diz “na análise sinótica e [Q] das expressões espíritos imundos e demônios, percebemos que as duas se confundem”. Segundo o autor, o que Marcos chama de espíritos imundos, Mateus e Lucas chamam de demônios.


Para a comunidade marcana, todo o Universo é encarado como uma guerra entre dois reinos: o de Cristo e do diabo. Jesus é incumbido da missão divina de destruir o reino das trevas, por outro lado, Satã esforça-se para impedir a expansão do reino de Deus. No meio dessa guerra cósmica está a humanidade que é afligida pelas forças demoníacas com sofrimentos físicos e psicológicos. Nogueira diz que aos olhos de todos “Satã e seus exércitos estavam em uma posição de dependência absoluta frete a Deus e de total impotência no enfrentamento com o Messias” (2000, p. 26-27).  Desta maneira, para o Novo Testamento tudo que afasta os homens de Deus é uma “manifestação do diabo”.
Myers percebe nas narrativas de Marcos, “entre outros elementos por um dualismo apocalíptico radical, no qual a nova ordem com Jesus se opõe a antiga ordem defendida pelas instituições hebraicas. Ligado a esse dualismo, Myers acrescenta uma relação da narrativa com o “Mito do combate” apocalíptico. “Desde o primeiro combate apocalíptico no deserto entre Jesus e seus anjos de um lado e Satanás e suas feras selvagens de outro (1.12s.), é claro que existe mais do que a luta de Jesus com ordem dos escribas do que os olhos vêem” (1992, p.137).
Parece estar claro que, conforme as palavras de Myers, “o exorcismo é o principal veículo para articular o mito do combate apocalíptico entre os poderes (e seus favoritos terrenos) e Jesus (como enviado do reino) (1992, p.183).

Conclusão

Nesse breve ensaio sobre o Mito dos Vigilantes, nosso estudo se deteve especificamente em apresentar a pessoa enigmática de Enoque, mostrar a influência do texto no judaísmo do segundo templo e consequentemente a influência teológica e imagética nos primeiros cristãos.
Não interessaram de modo imediato, as questões profundas acerca da autoria ou o tempo de redação do texto, e sim, como a literatura enoquita e sua narrativa do “Mito dos Vigilantes” (mito dos anjos caídos) logrou muita relevância na tradição judaica, pois serviu de resposta a desconcertante pergunta sobre o mal no mundo.  Para Terra uma parte do judaísmo encontrou não em Deus, mas em ações angelicais a origem de muitas ações inaceitáveis, como a guerra, a magia, o adultério, a sedução e pratica imorais ligadas à mulher (2010, p, 153).
Quando surge o cristianismo, a teia imaginária da presença do demoníaco já estava toda traçada, analisamos essa presença na literatura marcana, na qual ficou bem clara a relação da expressão espíritos malignos e os demônios.
Assim o Mito dos Vigilantes, teve influência não somente no judaísmo, mas também no cristianismo como podemos verificar nos sinóticos, nas tradições petrina, paulina, deuteropaulinas, pseudopaulinas e em Judas. Com isso, podemos resumir que a narrativa dos anjos que caíram do céu foi muito importante nos escritos bíblicos e está presente em nossas comunidades, como diz Terra mesmo que não percebam (2010. p,157).


[1] Para uma exposição resumida e didática da utilização de Clemente de Alexandria, ver a recente dissertação de Anderson Araújo. ARAÚJO, Anderson Dias. Anjos Vigilantes e Mulheres Desveladas...p. 55-56. E também o texto de Vanderkam: VANDERKAM, James C. Enoch, a mam... 173-180.
[2] Para maiores referencias da tradição dos Vigilantes no gnosticismo, ver: STROUMSA, G. Another Seed: Studies in Gnostic Mythology (Nag Hammadi Studies 24). Leiden. E.J. Brill, 1984. Pp 19-34.

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